Ceará já tem 54.096 casos confirmados de chikungunya em 2017, com 51 mortes. Entre os municípios, Fortaleza concentra o maior número de casos confirmados, com 37.384 ocorrências da doença, número que representa 69,1% do total. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (14), no Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
Das mortes registradas, 40 ocorreram na capital e as outras nos municípios de Acopiara (1), Beberibe (2), Caucaia (3), Maranguape (2), Morada Nova (1), Pacajus (1) e Senador Pompeu (1). A doença está presente em 143 dos 184 municípios cearenses. Segundo o boletim, em 101 desses municípios foi registrada ocorrência de mais de 300 casos por 100 mil habitantes o que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), configura situação epidêmica.
Segundo o boletim epidemiológico da Sesa, dos casos confirmados, 66,9% (36.186) concentraram-se nas faixas etárias entre 20 e 59 anos e o sexo feminino foi predominante em todas as faixas etárias à exceção dos menores de um ano e daqueles com idades entre cinco e 14 anos.
“É preciso que as pessoas compreendam que mais de 80% dos mosquitos nascem dentro de nossas casas. Se eu, de uma forma efetiva, conseguir controlar esse meu ambiente doméstico, eu tenho grandes chances de contribuir para o controle do vetor. Com isso, ele vai evitar a proliferação e, consequentemente, a gente vai diminuir a possibilidade ou a extensão da epidemia”, alerta o médico epidemiologista Luciano Pamplona.
Considerando as arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya – em 2017, a partir de março observa-se predominância da chikungunya, com aumento na confirmação dos casos de forma crescente e significativa, se comparado às demais arboviroses e ao mesmo período no ano de 2016.
O boletim mostra, ainda, que a distribuição dos casos por arboviroses ocorre em todas as faixas etárias, com maior incidência entre adultos jovens e pacientes do sexo feminino. Até a primeira quinzena de julho, a incidência de casos notificados para arboviroses é de 1.828,9 casos por 100 mil habitantes, distribuídos em 98,9% (182) dos municípios, caracterizando um cenário epidêmico no Estado.