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Na semana do agricultor, um belo exemplo: Cearense muda a vida de agricultores familiares ao abrir c


Uma família mudou a sua vida e a de outras pessoas, a partir do comércio da produção familiar local. Essa história aconteceu na Serra da Ibiapaba, na cidade de Guaraciaba do Norte.

Sandra Alves Soares, de 47 anos, é a responsável por impulsionar essa transformação. A agricultora não gostava de ver o excedente de produção ser desperdiçado e montou um comércio, o Portal do Orgânico, para escoar não só a parte dela, como a de outros produtores da região.

O avô de Sandra nasceu na terra em que ela planta hoje em dia, em 1887. Lá, ele criou os filhos, os viu crescer e seguir os seus passos, o do trabalho no campo. Para felicidade da família, hoje já são os netos que tocam parte da plantação, firmada na produção de hortaliças. Durante o ano, chegam a colher 83 tipos do alimento.

“Fomos sortudos em enfrentar um comércio que, para nós, ainda era desconhecido. Mas meti as caras, fomos nos motivando pelas demandas do consumidor e devagarinho chegamos onde chegamos. Mas, foi um desafio”, lembra Sandra.

O maior incentivo, segundo a agricultora, foi ver os agricultores da região desanimados com a falta de mercado para dar vazão à produção. Junto de alguns poucos produtores, Sandra começou a ir de canto a canto falar da importância da produção familiar e do diferencial: o manejo de orgânico.

“Na época, e até hoje, de vez em quando, me chamam de louca, por ter investido nisso. Hoje, a conscientização melhorou e estamos evoluindo. Atendemos comércios locais, pessoas da cidade, de cidades vizinhas e alguns supermercados também estão entrando na lista”.

O manejo do orgânico completa, em 2017, 20 anos. O trabalho pioneiro feito em Guaraciaba do Norte rendeu à Sandra uma cadeira na Subcomissão Temática de Produção Orgânica. Ela e outros seis representantes são responsáveis por apresentar demandas da região e do estado para pautar as ações no setor de orgânicos do país.

“A gente vive disso, desse comércio. Hoje, somos mais de 15 famílias produzindo e com mercado para comercializar. Foi um crescimento muito grande para a comunidade, para pessoas que estavam passando dificuldades, mas, hoje, estruturam suas casas, compram moto, carro. E, melhor do que isso, é ver jovens que tinham ido embora, voltando para o trabalho no campo”.

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