Há inúmeras atividades físicas que um cadeirante pode realizar dentro de uma academia. em algumas academias de ginásticas preocupadas com essa categoria, por exemplo, ele pode praticar musculação, alongamento, abdominal, natação e esportes de quadra, além de treinos em máquinas como Top Excite (bike de braços), Remo, esteira e até mesmo fazer drenagem na Power Plate.
Para escolher a melhor opção para cada caso, o profissional de Educação Física deve levar em consideração as condições físicas, o histórico e as limitações do cadeirante. “Primeiramente, é necessário o fortalecimento dos membros superiores, que pode ser realizado na própria cadeira, com halteres. Com o aumento do tônus e da força muscular, ele terá mais facilidade de se locomover para realizar outras atividades, como se transportar da cadeira para o aparelho de musculação ou para o chão, podendo fazer abdominais e entrar na piscina, por exemplo”, explica Renata Duran, Coordenadora de Musculação da Ecofit Club, uma daquelas academias que tem um ambiente próprio para exercitar e relaxar corpo e mente..
Além de aumentar o bem-estar e a autoestima, a prática da atividade física facilita as atividades do dia-a-dia, para que o cadeirante possa viver de forma cada vez mais independente. Isso acontece por conta da melhoria da capacidade cardiovascular e da força e da resistência dos membros superiores, que favorecem a locomoção com a cadeira; da tonificação dos músculos do core, evitando o desconforto de ficar muito tempo sentado; e do fortalecimento dos ossos e das articulações, impedindo lesões.
“Os exercícios também ativam a circulação sanguínea, impossibilitando enfermidades mais graves, e evitam a obesidade, doença muito comum entre os cadeirantes devido ao pouco gasto calórico”, diz a especialista.
O treino é gradativo e preparado especificamente para cada atleta. “É necessário estudar o segmento da lesão e as condições físicas do cadeirante para prescrever os exercícios sem causar novos traumas. Desta forma, conseguimos ser eficazes ao fazer as adaptações necessárias em todos as atividades, conforme a realidade de cada aluno”, afirma Renata.
Academias com estas atividades devem contar com professores com especialização e vivência específicas no atendimento a cadeirantes. Além disso, todos os colaboradores, não só os profissionais de Educação Física, devem passar por um treinamento teórico e prático de inclusão de pessoas com limitações físicas e necessidades especiais, com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a equipe sobre as adversidades.
“Para montar uma sequência adequada é necessário conhecer e estudar não somente o histórico da lesão e as limitações e condições do atleta como, também, a estrutura física do espaço utilizado para o treino. Em academias como a Ecofit Club , por exemplo, estamos em constante adaptação dos nossos ambientes, para poder atendê-los sempre da melhor forma possível”, finaliza.