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Petrobras anuncia revisão de reajustes no preço do gás


Após a disparada nas cotações do gás de cozinha – que subiram 84% para os distribuidores só este ano, dos quais 70% desde o início de junho –, a Petrobras informou, ontem, que irá revisar a metodologia aplicada aos reajustes do GLP de uso residencial, comercializado em botijões de 13 quilos – que é mais consumido por residências e tem grande impacto no bolso das famílias de baixa renda. O Grupo Executivo de Mercado de Preços (Gemp) da estatal reuniu-se para avaliar os resultados da metodologia, e a conclusão é a de que, embora os preços praticados no Brasil devam ser referenciados ao mercado internacional, esta metodologia necessita ser revista. A estatal informou que “o fundamento para isso é que o mercado de referência (butano e propano na Europa) está apresentando alta volatilidade nos preços, agravada pela sazonalidade (inverno) naquela região”. Desta forma, a correção aplicada, esta semana, foi a última realizada com base na regra vigente, segundo o novo comunicado. Suavidade Embora não esteja claro de que forma será a nova metodologia, o objetivo da revisão será buscar uma metodologia que suavize os impactos derivados da transferência dessa volatilidade para os preços domésticos. Isso, segundo a Petrobras, sem perder de vista, de um lado, a necessidade de praticar preços para o GLP referenciados no mercado internacional, e de outro a Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética “que reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13 quilos, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades”. Além disso, o Gemp registra que a metodologia a ser definida buscará não perpetuar os efeitos sazonais desfavoráveis (inverno) já ocorridos. Esta revisão se aplicará exclusivamente ao GLP de uso residencial, comercializado em botijões de 13 quilos, e não terá reflexo sobre os demais derivados comercializados pela companhia. O produto vendido para vasilhames maiores ou a granel, mais usados por comércio e indústria, tem uma fórmula diferente, que considera também o custo de importação. Aumento Na última segunda-feira (4), a Petrobras anunciou o sexto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha em botijões de 13 quilos (8,9%), fazendo com que o reajuste acumulado desde o início do ciclo de alta, em junho deste ano, chegasse a 67,8%. Para justificar este novo reajuste do GLP, a companhia emitiu uma nota oficial, afirmando que o aumento segue a alta dos preços internacionais do produto, que acompanharam o petróleo tipo Brent.

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