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Boa Vista dispara como uma das capitais que mais investe em energia solar


Projeção digital simula como ficará o estacionamento do Teatro após a instalação da usina. — Foto: Prefeitura de Boa Vista

O primeiro Teatro Municipal no meio da Floresta Amazônica abastecido totalmente por energia solar será em Boa Vista. A prefeita Teresa Surita assinou a ordem de serviço da construção da usina de energia solar e as obras iniciam já nesta semana. O complexo será instalado no estacionamento do local.

Estar do “do ladinho” da linha do Equador faz de Boa Vista uma cidade quente e com muita radiação solar. E é por esse fator que a capital tem investido no uso de energia a partir do sol, uma fonte renovável e não poluente. Hoje, prédios, como o Mercado Municipal, repartições públicas e até paradas de ônibus climatizadas possuem a inovação.

Boa Vista tem investido em energia solar desde 2017 e agora vai expandir ainda mais a rede.

“Hoje nós somos uma das capitais que mais investe em energia solar, além de ser não poluente, traz mais economia pra nossa cidade. Em breve a prefeitura não precisará mais gastar tanto com a conta de luz, gerando economia para os cofres públicos. Só pro teatro, a gente estima que a economia seja de cerca de R$ 80 mil reais todo mês, já que ele vai produzir sua própria energia”, disse a prefeita Teresa Surita.

O primeiro complexo de energia solar foi inaugurado em 2017, na comunidade indígena Darora, na zona Rural da capital. Há também placas instaladas em vários pontos da cidade, como o Terminal Luiz Canuto Chaves, Mercado Municipal São Francisco e os 72 abrigos climatizados. Desde 2017, município já gerou mais de 965 mil kWh.

Terminal Luiz Canuto Chaves é um dos prédios da prefeitura que contam com energia solar.

Ao todo, serão R$ 4,9 milhões investidos com recursos próprios para a construção do empreendimento. Após instalado, o complexo vai gerar 130 MW e todo o excedente será distribuído para rede elétrica da prefeitura.

Atualmente o teatro tem consumido cerca de 109 MW de energia por mês.

A energia é consumida internamente e o excedente vai para a rede elétrica, retornando à noite ou nos horários que não há sol, inclusive para outros prédios.

O investimento feito no projeto deve ser recuperável em uma média de 5 anos. Os painéis solares têm, em média, duração de 25 anos, tempo em que a usina deve funcionar plenamente.

Compromissos com meio ambiente

De acordo com estimativas da Prefeitura de Boa Vista, ao deixar de usar a energia das termelétricas, o Teatro contribuirá com a redução de 937.125 kg de gás carbônico (CO2) por ano lançados na atmosfera. Para se ter uma ideia, para retirar do meio ambiente essa quantidade de CO2, seriam necessárias 75 mil árvores.

Ao todo, Boa vista já gerou 964.345 kWh desde 2017, quando as primeiras placas passaram a funcionar. Isso representa 741.627 kg de gás carbônico (CO2) a menos lançados na atmosfera.

Estimativas dão conta que seriam necessárias 60 mil árvores para retirar essa mesma quantidade de gás carbônico da atmosfera, já que a remoção média anual em CO2 é de 12,48 KG/Árvore, considerando árvores de médio a grande porte.

De acordo com a Prefeitura, Boa Vista já economizou R$ 771.123,23 que deixaram de ser pagos em energia elétrica.

Ao deixar de lançar gás carbônico (CO2) na atmosfera, Prefeitura contribui com o meio ambiente — Foto: Divulgação

Em 2017, A Prefeitura de Boa Vista aderiu ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (Global Covenant of Mayors for Climate & Energy) para promover o engajamento de lideranças locais em ações de enfrentamento à mudança do clima

Em resumo, é o compromisso voluntário para planejar e agir no território com o objetivo de reduzir emissões, se adaptar à mudança climática e promover o acesso à energia sustentável

A capital também aderiu ao programa Cidades Sustentáveis, adotando uma série de práticas eficientes voltadas à melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente.

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