Carcinicultura: cearense lidera no Piauí vitória sobre Equatorial Energia
- Hélder Gurgel
- 7 de ago.
- 2 min de leitura
Equatorial, a distribuidora piauiense, exigia dos criadores de camarão de água salgada outorga agora dispensada pela Secretaria do Meio Ambiente

Boa novidade está chegando do Piauí, onde o carcinicultor cearense Santana Júnior é o presidente da Associação dos Criadores de Camarão do vizinho estado (ACCPI): a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMARH) decidiu livrar essa crescente atividade da necessidade de outorga para as fazendas de camarão de água salgada.
A Equatorial Piauí, empresa que distribui a energia elétrica em toda a geografia piauiense, estava exigindo das fazendas essa outorga, sob pena de não mais conceder a isenção da tarifa de irrigantes aos carcinicultores.
Para embasar os técnicos da SEMARH, a ACCPI contratou o Dr. Márcio Vaz, especialista em carcinicultura, Phd em Ciências Ambientais pela Universidade de Virginia (EUA) e mestre em Engenharia Ambiental pela Escola de Minas do Colorado (EUA) e, ainda, bacharel em Biologia pela Universidade de Santa Úrsula (EUA). Hoje, ele é professor da Universidade Federal do Maranhão. O doutor Vaz realizou e ainda realiza estudos sobre a relação entre a carcinicultura e os manguezais no litoral do Ceará, sendo professor da Universidade Federal do Maranhão, tendo sido secretário de Meio Ambiente daquele estado.
Márcio Vaz produziu um estudo detalhado para respaldar os técnicos da SEMARH. A esse estudo, a ACCP acrescentou um parecer, também técnico, elaborado pelo seu setor jurídico sobre o assunto.
“Já protocolamos tudo na diretoria da Equatorial, que nos assegurou plena garantia de superação nessa demanda”, disse hoje à coluna presidente da ACCP, Fernando Júnior.
Ele disse, também, que “essa conquista da ACCP, com argumentações e fundamentações técnicas, viabilizou a carcinicultura piauiense, uma vez que a Equatorial estava exigindo esse parecer; uma fazenda de 200 hectares já havia perdido esse benefício concedido pelo governo federal para irrigantes e, também, para o setor de aquicultura”.
De acordo com Santana Júnior, outros estados que ainda não têm esse amparo, já publicado no Diário Oficial da União, “poderá valer-se dela, dispondo de ferramentas para argumentar junto às suas respectivas distribuidoras”.
Santa Júnior também revelou que, no Ceará, os produtores já têm esse direito assegurado por meio de um acordo com o governo estadual, via Semace.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE - Escrito por
Egídio Serpaegidio.serpa@svm.com.br
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