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Pesquisa da UECE liga mortes por diabetes a concentração de renda!


Um estudo da Universidade Estadual do Ceará (Uece) chegou à conclusão de que a desigualdade social é um fator determinante na mortalidade por diabetes. A pesquisa foi publicada este mês na Revista Latino-Americana de Enfermagem e avaliou dados entre 2010 e 2020.


Um dos autores do estudo e pesquisador da Uece Thiago Garces informou que, durante a pesquisa, foi identificado que pessoas que têm menos estudos morreram mais por diabetes, e correlacionou a taxa de mortalidade com indicadores sociais para chegar ao resultado. Entre os indicadores estão o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice de Vulnerabilidade Social e Taxa de Distribuição de Bolsa Família.


No estudo, foram identificadas 600 mil notificações de óbitos no Sistema Único de Saúde (SUS) por diabetes avaliadas em 5.568 municípios brasileiros durante o período da pesquisa.


Como critério de comparação foi usada a média absoluta de mortes por diabetes no Brasil, de 29,8 óbitos por 100 mil habitantes, no período entre 2010 e 2020. Em determinados grupos sociais, porém, o valor aumenta: pessoas acima de 80 anos apresentaram uma taxa de 508,46 mortes/100 mil habitantes, e a população com três anos ou menos de estudo, considerando-se todas as faixas de idade, chegam a 59,53 mortes por 100 mil habitantes.


Foram determinados quatro elementos mais significativos no aumento ou redução desta frequência: taxa de analfabetismo em maiores de 18 anos, concentração de renda, IDH e renda per capita.


Para estas variáveis, a tendência foi similar. Quanto mais um dos indicadores aponta para diferenças sociais acentuadas - como uma maior concentração de renda ou menor taxa de alfabetização -, mais frequentes são as mortes por diabetes.


Fonte: O Povo

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