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Projeto de artes trabalha valorização cultural, étnica e identitária com alunos do Bairro da Paz.


Nosso país, nosso lugar de fala. Inspirado neste trecho da música O que se cala, da cantora Elza Soares, o professor de Artes Visuais Alessandro Moreira, da Escola Municipal Nova do Bairro da Paz, desenvolveu o projeto “O meu lugar”, com os alunos das turmas de 3º, 4º e 5º anos da unidade escolar. O principal objetivo foi fomentar uma reflexão acerca da busca incessante pela valorização da diversidade artística, cultural, regional, étnica e identitária existente no Brasil. Os trabalhos deram ênfase a um passeio que começou no âmbito geral do Brasil, chegando ao espaço de vivência de cada um.


A culminância foi a exposição de artes, divididas a partir das mais diversas representatividades e temas trabalhadas no transcorrer do projeto. Intitulada Brasil, a primeira instalação abordou as representatividades negras brasileiras na arte, na cultura, na ciência, na educação na política, entre outras áreas. No espaço Nordeste, a exaltação da cultura nordestina destacando cultura popular, manifestações folclóricas e demais aspectos ligados ao tema. Com dobraduras em papéis coloridos, a instalação Bahia traz a importância do amor ao estado. Em Salvador e a liberdade de expressão, foram exaltados os pensamentos livres acerca dos pontos e atrações turísticas da cidade. A quinta e a sexta instalações representaram, respectivamente, “A minha comunidade Bairro da Paz” e “Personalidades do Bairro da Paz”, selecionadas pelos alunos da comunidade. Na última instalação, os trabalhos desenvolvidos a partir da música Tá Escrito, do grupo Revelação, estudada em forma de poema.


“Ao longo do projeto passeamos por diversas linguagens e técnicas artísticas, como fotografia, pintura, vídeo, música, escultura, desenho, dobradura e poesia que dialogaram com as artes visuais, transformando tudo em belas imagens”, diz Moreira. Ele relata que, na culminância, toda comunidade escolar teve a oportunidade de fazer uma visita guiada para entender o projeto proposto. “E, para a minha surpresa, foi possível perceber diversas emoções, representatividade , alegria, pertencimento, entre outros sentimentos, despertados ao longo da exposição.”


O professor destaca a importância o apoio da equipe gestora da escola: diretora Jurema Macêdo e as vices Nileide Brito e Rosemeire Lira. Ele conta, ainda, que a equipe de coordenação também deu um suporte muito grande no período de construção e na culminância. “Todas foram fundamentais no projeto”, frisa.


Para a professora Ana Maria Teixeira Oliveira, do 2º ano, a exposição proporcionou uma vasta experiência sensorial de vivas cores, texturas, formas diversas. “Uma experiência linda, impactante, de uma sensibilidade ímpar e plena de representatividade. Esse trabalho aflorou a criatividade viva do povo afro brasileiro pelas mãos dos nossos alunos descendentes legitimados. Ao ver aquela explosão de artes, não pude deixar de reverenciar a força e a beleza dos trabalhos, a importância da condução do projeto e da condução dada pelo professor, e a possibilidade de oportunizar a expressão da força criativa dos nossos estudantes”, destaca.


Fonte:educacao.salvador

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