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Pós-pandemia: a dor e a morte passam a ser embelezadas na arte e cultura.


As misturas, as diferenças postas em diálogo e as ambiguidades parecem ser marcas muito expressivas da nossa identidade nacional e estão presentes em manifestações artísticas, como cinema, literatura, música, dança, artes plásticas, street art, arte digital, performances, design e tantas outras, além de comportamentos cotidianos e valores sociais.


Este aspecto, com alma contraditória, segue sendo muito presente, no entanto, nesses últimos meses, que compreendemos como pós-pandêmicos, chama a atenção à recorrência de objetos, bens e mercadorias sem vida, mas são colocados diante de nós para contemplação, aquisição e fruição – verdadeiramente lindos. As folhagens e flores secas, troncos queimados e desfeitos, galhos contorcidos, dominam esta manifestação, principalmente no design de interiores, na decoração privada e pública, e também na moda, na estamparia, no vitrinismo... Longe de surgirem com aspectos mórbidos ou de finitude explícita, despontam com beleza inquestionável.


Outros exemplos são objetos que trazem rupturas à realidade, como no caso do globo terrestre, onde toda a porção aquática dos mares representada pela cor azul é substituída pela preta, instaurando a tensão própria entre água-azul-vida e o contexto tétrico da morte e do luto, relacionado à cor preta, no ocidente. Mas, o objeto em si, é lindo!


Fonte:revistacasaejardim

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