top of page

Realidade virtual na preservação das florestas

Viajar por meio do computador ficou cada vez mais comum. Já pensou em fazer uma imersão na única floresta exclusivamente brasileira? Agora você pode. A realidade virtual chegou à preservação da natureza, trazendo a experiência da Caatinga através de recursos gráficos 3D, imagens 360 graus e drones.

A Caatinga é uma das 6 regiões naturais distintas brasileiras, os chamados biomas. Os outros 5 são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal. Ao contrário dos demais biomas, a Caatinga se encontra exclusivamente em território nacional. Isso significa dizer que a biodiversidade desse ambiente, localizada predominantemente no Nordeste, é única no mundo.


Com sua capacidade de enfrentar as adversidades ambientais, a caatinga é um enorme laboratório a céu aberto para aprendermos como devemos nos adaptar às mudanças climáticas e à escassez hídrica mundial. Para conhecer esse bioma 100% brasileiro, basta acessar o Caatinga 360. Trata-se de uma plataforma digital multimídia que permite uma visita imersiva, virtual e interativa em três tipos de vegetação conservadas da Caatinga, na região do oeste do Rio Grande do Norte, em dois períodos distintos (seco e chuvoso).

A ferramenta foi desenvolvida pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), em parceria com a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Fundação Guimarães Duque (FGD) e a Empresa Mapeio Inovação e Tecnologia. O sistema foi criado para proporcionar a sensação de imersão visual e auditiva em trilhas no meio da mata, utilizando a realidade virtual para o monitoramento em áreas de preservação e recuperação ambiental. O acesso é livre estimulando o conhecimento e a educação ambiental.


Para o engenheiro de meio ambiente do nosso Centro de Pesquisas, Frederico Santos Machado, “A Caatinga é um ecossistema único, que apresenta diferenças impressionantes entre os períodos secos e úmidos, o que ressalta a importância da chuva para a vida”. Segundo Frederico, o Caatinga 360 permite que o monitoramento das áreas seja feito de maneira eficaz, com menos custos e sem riscos de acidentes, já que o acesso presencial a áreas preservadas é tradicionalmente difícil e restrito. “A cobertura da copa das árvores, por exemplo, nos ajuda a detectar se a recuperação daquela área está sendo positiva. Se (a copa) estiver muito fechada, a recuperação está indo bem”, explica.


Os índios, primeiros habitantes da Caatinga, a chamavam assim porque na estação seca, a maioria das plantas perde as folhas, prevalecendo na paisagem a aparência clara e esbranquiçada dos troncos das árvores. Daí o nome Caatinga (caa: mata e tinga: branca) que significa “mata ou floresta branca” no tupi. Porém, no período chuvoso a paisagem muda de esbranquiçada para variados tons de verdes. Conheça essas diferenças no Caatinga 360.

Comments


bottom of page