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Tecnologia e projetos inovadores transformam metodologias de educação nas salas de aula.


Os avanços tecnológicos cada vez mais velozes transformaram as relações humanas. Estudos do instituto americano Pew Research Center mostram que as gerações, que antes mudavam de 25 em 25 anos, em média, agora se modificam muito mais rápido. Atualmente, especialistas acreditam que isso ocorre em, no máximo, 10 anos. E esse intervalo pode ficar cada vez menor.


A educação, um dos pilares da sociedade, é diretamente impactada por essas transformações. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Fundação Lemann apontou que 91% dos pais acreditam que a internet torna a escola mais atraente para os alunos.


Por outro lado, a história recente também nos mostra que as relações humanas são insubstituíveis. A pandemia e o ensino remoto evidenciaram a importância da troca com colegas e professores. Encontrar o equilíbrio é um desafio para as instituições públicas e privadas.


Modelos educacionais inovadores têm resultados promissores


FTD Educação, que integra o Grupo Marista e é uma das maiores empresas de soluções educacionais do país, desenvolveu uma plataforma de games para aumentar o índice de leitura em escolas públicas e privadas de forma atraente, lúdica e segura no ambiente digital. A chamada “Literama” cria um universo onde alunos progridem no jogo lendo livros e desvendando mistérios baseados em grandes obras literárias, como Dom Casmurro, de Machado de Assis. O professor pode escolher até 20 livros para o game e, quanto mais os estudantes leem, mais avançam no jogo.


Recursos educacionais digitais devem estar inseridos em um bom planejamento pedagógico, com material didático adequado às necessidades e à realidade do aluno. “Devem ser implantados em um espaço educacional que favoreça a interação humana e a construção coletiva do conhecimento, além de favorecer a criatividade, com foco na melhoria do processo de aprendizagem”, afirma a Diretora de Inovação, Plataformas e Avaliação Educacional da FTD Educação, Ceciliany Alves Feitosa. Ela também destaca a importância dos professores nesse processo. “O professor é o grande agente que deve orquestrar o equilíbrio desses recursos em sala de aula”.


A “Sala de Aula Invertida” é outro exemplo de projeto educacional inovador, desenvolvido dentro dos Colégios Maristas. É um modelo dentro das chamadas “metodologias ativas”, que colocam o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem, enquanto o professor se torna um mediador. “Neste modelo, em vez do aluno ir à escola receber o conhecimento e depois realizar as atividades sozinho, o processo é inverso: ele tem acesso ao conteúdo previamente, por meio de leituras, vídeos ou atividades direcionadas. Depois disso, em sala, o professor tira dúvidas e realiza debates, atividades práticas, etc. Dessa forma, cada aluno assimila os conteúdos no seu ritmo”, explica Suelen Fernandes, coordenadora pedagógica do Marista Escola Social Ecológica.

Suelen também destaca outro projeto de sucesso entre alunos: o TVQ (Te Vejo na Quinta). Essa é uma iniciativa de Educomunicação, voltada a crianças e adolescentes do Marista Escolas Sociais, que oferecem educação integral e desenvolvem projetos de solidariedade com crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. Os alunos produzem conteúdo jornalístico na escola, fazem a cobertura de eventos, entrevistas, criam programas, quadros e contam histórias da comunidade. “Isso exige uma bagagem teórica e faz com que a escola tenha uma participação mais ativa dos estudantes, através do olhar deles. Essas reflexões são essenciais para que os alunos se vejam como sujeitos da transformação social”, diz Suelen.


Inovação no ensino ajuda na formação de profissionais mais qualificados


O apoio de metodologias de aprendizagem inovadoras precisa ser contínuo: do ensino infantil ao superior. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) faz parte do Grupo Marista e adota o Ensino por Competências para preparar estudantes para o progresso da sociedade. Segundo o vice-reitor da PUCPR, Vidal Martins, esse modelo tem um compromisso com o saber agir, com o estudante aplicar aquilo que aprende em situações reais.


“Primeiro você define a competência a ser desenvolvida e, para cada uma, você desdobra em elementos mais simples que precisam ser observados para assegurar que houve a aprendizagem. Depois, é preciso desenhar experiências que vão colocar o estudante em ação. Portanto, é uma aprendizagem ativa”, explica Vidal. Dessa forma, o professor vai observar o desempenho e pode rever estratégias e conteúdos necessários para atingir o resultado desejado.


“O estudante é colocado diante de uma situação simulada ou real e mobiliza seus saberes para lidar com ela. Então, a experiência que ele vive é muito mais profunda na aprendizagem. Um estudante que trabalha com a abordagem por competência sai mais preparado para atuar profissionalmente”, finaliza.


Fonte: g1.globo.com

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