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Menina de 12 anos transforma barraco de taipa em escola para crianças


. Todos os materiais usados para construir a escolinha e os que são utilizados pelos alunos (como canetas e cadernos) vieram de um lixão da região, que também é a fonte de renda da família da menina Érika é uma menina de 12 anos. Parte de uma família muito humilde, ela tem o sonho de se tornar professora. Por conta disso, ela criou uma escolinha em um barraco de taipa para ensinar as crianças da sua região durante a pandemia.

A escolinha está localizada no município de Coelho Neto, no interior do Maranhão. Em um tronco de árvore que sustenta o barraco, está escrita a mensagem: “Toda criança tem o direito de estudar”.

A ideia surgiu após Érika perceber que as crianças estavam tristes por não poderem voltar à escola por conta da pandemia e também por estarem desmotivadas para estudar.

Todos os materiais usados para construir a escolinha e os que são utilizados pelos alunos (como canetas e cadernos) vieram de um lixão da região. Os materiais foram garimpados pela mãe, Dorizete, e a irmã mais velha de Érika, Eva.

As paredes de barro foram cobertas com cartazes com frases como “A esperança é a última que morre” e “Toda criança tem o direito de estudar”.

O lixão é a principal fonte de renda da família de Érika, onde dona Dorizete e o genro recolhem ferro e latinha para vender.

Apesar da vida difícil, Érika encontra motivação para realizar os seus sonhos através dos livros. Ela também gosta de brincar com as crianças do seu bairro e incentivá-las ao hábito da leitura.

A casa onde Érika mora é feita de taipa, como a maioria das outras casas na ocupação. Os poucos móveis e eletrodomésticos também parecem ter sido encontrados no lixo.

Quando chove, não é possível dormir no quarto, pois a água passa pelas frestas do teto e molha tudo dentro. Após a repercussão do caso, foi criada uma vaquinha online para ajudar as famílias de Érika e das outras crianças da escolinha que ela criou. A campanha de financiamento coletivo arrecadou R$ 156,1 mil. Além disso, Érika ganhou uma bolsa de estudo em um colégio particular.


Por: Isabela Alves

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