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"Não sou pardo para entrar em Medicina, mas sim para entrar em Biologia", diz aluno

"A primeira banca me reprovou. Entrei com recurso formal e tive o resultado que fui eliminado do vestibular porque não me consideraram pardo. Conheci pessoas que passaram e têm o fenótipo bem menos acentuado do que o meu, a pele muito clara", explica o técnico de enfermagem.

Na saga para "provar que a Uece estava errada", João Victor prestou vestibular novamente, desta vez para o curso de Ciências Biológicas no campus da universidade em Quixadá. Foi aprovado dentro da Lei de Cotas, seguiu para a Comissão de Heteroidentificação e, de primeira, foi reconhecido como pardo.

Em nota que não menciona especificamente o caso de João Victor, a Uece reiterou que "a política de cotas étnico-raciais, instituída no Ceará por meio da Lei 16.197/2017, tem como destinatárias pessoas negras (pretas ou pardas) que, em razão de suas características fenotípicas, sofreram e sofrem discriminação e preconceito raciais que as impedem de ter acesso ao ensino superior público nas mesmas condições de pessoas brancas".

Sobre as Comissões de Heteroidentificação, a universidade informou que são "preferencialmente formadas por um professor, um servidor técnico-administrativo e um representante da comunidade externa, vinculados a outras instituições de ensino superior e/ou a organizações sociais, sendo, na comissão com 5 membros, incluído um representante dos estudantes e outro membro servidor da Uece (professor ou técnico-administrativo)"

Fonte: Diário do Nordeste

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